Wednesday, December 21, 2005

Que cada um faça o seu melhor

Glub, Blog - 21/12/2005


Como disse o Millôr: "O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas". Criatividade, pois é, algo tão simples, banal, tão fácil que saí assim do nada, mas não dá num pé de alface. Algo que, ou você tem, ou nem adianta comer bastante agrião. Muito vitaminado, tem ferro, sais minerais, mas não resolve, não funciona pra isso, não. Criatividade é um presente dos céus que já vem entregue num pacote completo, motivo de festa, ou então só resta morrer entregue às moscas, e o que é pior, sem poder espantá-las.

E este será o triste fim de muitos; será o meu fim, sei que não nasci com a estrela na testa. Sem essa boa estrela guia, nada feito, ficamos no agreste dos caminhos da criatividade, como num dia de céu nublado, sem as estrelas que nos apontem os caminhos a seguir. Faremos o que é possível, trabalhamos numa espécie de "controle de danos da missão", a função é obter o melhor do pior, uma compensação; daremos mais trabalho, ação, suor e lágrimas pela falta da capacidade e da criatividade.

Sim, porque é preciso que se diga que sempre dá para melhorar alguma coisa, ou então, na linguagem do alarmista: "Imagine só se isso não tivesse estudado. Já pensou na bela a anta que ia virar?" Isso já é uma forte motivação para não desistir, fugir desse antagonismo já é um motivo suficiente para lutar contra essas forças da natureza.

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