Sunday, July 30, 2006

Trem do amor

Eu fico assim quietão, parado e temeroso de fazer a pergunta que não quer calar. Quando foi mesmo que nos amamos, esse tanto ou muito mais? Ou quando foi que eu falei em te amar? Talvez eu fale demais, talvez eu fale demais em amares nos meus versos, nos meus cantares. Eu sei que temerário nesse mundo carente, não preparado para tanto amor, jogado e inominado. Logo vem alguém e dele se apropria, como se dele fosse, como se a ele fosse todo dirigido. E depois, de assim bem digerido nunca mais quer devolver.

Meu amar é assim, não exclusivo, não conclusivo, não egoísta. Não insista! Prefiro um amor idealista, fraternal, não quero ser o único a te amar, a te gostar. Acho bom que te amem, todos quantos possam e queiram, que de ti gostem, e que te queiram, todos quantos muito bem!

Que seja um trem! Muitos vagões de amantes, uma linha de bemquerentes, que em cada olhar se veja um grande amar, em cada mão a te afagar, pois de ti gostar é tão fácil como fácil é amar e querer bem a um alguém. Tenho amar, tenho amares, um coração grande e cheio, tranbordante... a te esperar...