Na minha doce liberdade atual, faço da minha rotina, uma vida sem relógios, nem na parede, nem no pulso, onde as horas carregam um sentido quase poético, a passagem do tempo sendo marcada por uma sucessão de eventos triviais do dia-a-dia: a hora em que os passarinhos cantam; ou que os cães latem rogando pelo passeio matinal; ou que o sol assoma na persiana da janela; quando o apito da fábrica avisa a hora do meio-dia.
A vida é assim, tem os seus ciclos certos; eu não gostaria de enfrentar agora nesta fase da vida a ditadura de um relógio suiço; um comandante vindo de um país escandivo, pontual e inflexível; prefiro o meu relógio do sol, com as suas inconstâncias, onde sempre há o perigo das chuvas, ou das nuvens. Sabe como é, nessa fase da vida a gente precisa de emoções mais fortes!
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