Fonte da Inspiração

Perdas e Ganhos - 07/12/2005

Para escrever é preciso gostar, você vai dizer que isso é uma verdade universal, que serve para tudo, pode ser uma verdade, mas que é muito mais válida para estas as atividades ditas criativas. Sem nenhum preconceito, eu consigo imaginar um escrivão, por exemplo, alguém que também trabalha com a escrita, mas não depende de inspiração. É o que diferencia o trabalho, por exemplo, do engenheiro civil para o arquiteto - pronto, agora eu mexi numa abelheira, vou receber reclamação de tudo quanto é engenheiro civil, até do CREA!

Pois eu adoro estes desafios da página em branco, do: - e agora José? Você tem que sair do nada e criar algo. Para dar um exemplo, vamos buscar a inspiração para este texto no lugar mais próprio, vamos beber a água na fonte, na própria origem do termo:

“Inspiração: Espécie de alento, sopro criador que, emanado de um ser sobrenatural, levaria aos homens conselhos, sugestões; iluminação, revelação”.

Cá entre nós, este conceito de inspiração, por si só, já não é algo profundamente inspirador? Vejamos os termos empregados na sua definição: Um alento! Sopro criador emanado em ser sobrenatural! Algo que leva aos homens conselhos, iluminação e revelação!

Se isso não for o suficiente para inspirar alguém, então estamos todos perdidos. Se isso acontecer com você, desconfie! Só pode ser obra do duende maligno, aquele especializado em roubar as boas - e as más - idéias dos humanos, tranformando todos em pobres de espiritos. Aí, o jeito é acender um bom incenso, meditar um pouco, orar mais um pouco, e esperar que o duende vá embora e que a inspiração volte. Não se preocupe, ela sempre volta.