Como assim tudo?

Pois é, não é possível, não há tempo para blogar tudo na acepção da palavra. Talvez fosse melhor dizer: Blogando Qualquer Coisa. Esse "Qualquer Coisa" querendo dizer qualquer assunto. Como eu explico no topo do blog (explico? Explico, está lá no About Blogando Tudo), esse blog nasceu para ser a mãe de todos os meus blogs.

Ocorre que essa mãe foi muito fértil, pariu muitos blogs, a coisa ficou feia, tornou-se difícil transcrever aqui tudo o que eu escrevia (escrevo) nos outros blogs (mais de 100!). O Blogando Tudo virou expressão que quer ser de alcance temático e não de alcance extensivo de todos os assuntos.

Mas por que estou escrevendo isso mesmo? Ultimamente ando assim, os assuntos estão fugindo de mim. Assunto to... to... fiu... fiu... venha cá! Ah! Sei, para dizer da minha dificuldade em falar coisas boas desse país. Acho que não é um mal só meu, mas de qualquer ser pensante que viva neste torrão tão amado e explorado.

Quando é que vamos termos notícias boas verdadeiras nesse país? Não essas baboseiras que fazem parte da propaganda governamental, as bonanças que não atingem a população, mas coisas boas realmente para todos?

O papa falou e disse

Disse o que se sabe, mas que muitos teimam... Nem marxismo, nem capitalismo, ninguém deu uma resposta satisfatória. Nem globalização, nem consumismo, nem sociedades divididas entre os que tem e os que nada tem. Nem hedonismo, nem egocentrismo, a promoção do bem estar comum como meta de harmonização das sociedades.

Algo de errado na mensagem? Disse mais: que não cabe a igreja ser um agente político, lugar de fazer política é noutro ambiente.

Santo brasileiro

Agora vai! Até que enfim nós temos um santo brasileiro! Eu, que nunca acreditei na tese da brasilidade de Deus, agora acredito piamente que o país vai pra frente, pois teremos um representante no congresso dos céus para defender as nossas causas.

Oitocentos santos e nenhum brasileiro! Sem um são brazuca a coisa não podia sair do chão mesmo, mas daqui pra frente tudo será diferente, São Galvão irá capitanear as nossas causas lá no céu, irá puxar a brasa para o nosso assado, fazer chover na nossa horta, vai tirar leite de pedra, se duvidar arranca até trabalho de político!

São Galvão, agora nóis vão!

Números estranhos

A estatística, a geografia econômica foi brindada com algumas novas descobertas, alguns números e expressões mágicas que mudaram a realidade das ciências em apreço. Coisas como "série histórica", "emprego informal", "nova série de contas" e outros termos, escondem formulismos destinados a ver a estatística com "novos olhos".

Agora há pouco, num episódio bastante divulgado, nosso país aumentou o seu pib usando uma mágica! Para isso não foi preciso aumentar o seu produto interno bruto, mas apenas revisar as fórmulas de cálculo do mesmo. As chamadas "séries históricas" serviram - entre outras coisas - para expurgar índices pouco confortáveis, por exemplo, o pib muito alto do período da ditadura - não vale a pena fazer propaganda daquela época.

Em anos passado uma norma do governo federal que proibia a divulgação de indicadores econômicos pelo IBGE sem antes o seu aval, foi uma das mágicas que deram início a tantas mágicas nos nossos números.

Como é possível afirmar que atualmente 53% dos trabalhadores brasileiros trabalham na chamada indústria "informal"? Como é possível chegar a esse número? Como é possível estimar o número de desempregados usando um número desses?