Morango Com Chocolate-Usa - 18/12/2005Essas novas tecnologias não envelhecem, elas se desintegram diante dos nossos olhos. Aliás, acho que foi a era da informática que nos possibilitou conhecer o real significado de envelhecer; não que antes nós já não soubessemos o que envelhecer significava, mas, como o processo era lento e gradual, havia um certo ilusionismo, uma mágica do tempo que atrapalhava a nossa real percepção do fato. Hoje um PC - "Personal Computer", um computador pessoal - envelhece em três meses, desatualiza em um ano, e estará morto dentro de três anos.
Isso quer dizer que, a rigor - snif, snif -, o meu computador já está morto há algum tempo, e que eu já deveria ter providenciado na remoção do corpo, e no seu devido sepultamento, com as merecidas honras pelos - grandes e bons - serviços prestados. Todos os que têm esses mortos-vivos ao seu lado sabem qual é o problema, nós não os mantemos por uma afeição ou por necrofilia, ninguém tem apego ao defunto, mas pela falta da grana para comprar o próximo "super-sextiun-new-generation-muito-caretion".
Eu tenho uma amiga que também tem o seu mortinho em casa; o interessante é que não lembro da última vez que nós nos despedimos formalmente pelo Messenger - MSN, aquela coisa do tchau, inté, durma bem, beijinho e até; sim porque a gente nunca dá adeus, a gente cai, despenca. A gente está conversando e, de repente, sem qualquer aviso, dá um desconforto qualquer numa das nossas velharias, e a coisa toda desconecta. Puft! Lá se foi... Um dos dois desapareceu no meio da noite no limbo do mundo virtual. Nós já sabemos que não é por mal, e quando nos reencontramos nem comentamos mais sobre isso, isso já é coisa normal.
O meu velhinho aqui já está mudo há uns seis meses, não fala, não canta, mudinho da silva, mas está funcionando para o básico, tipo escrever este post falando mal dele - tomara que ele esteja surdo e cego também, assim ele não saberá que estou falando mal dele!
Isso quer dizer que, a rigor - snif, snif -, o meu computador já está morto há algum tempo, e que eu já deveria ter providenciado na remoção do corpo, e no seu devido sepultamento, com as merecidas honras pelos - grandes e bons - serviços prestados. Todos os que têm esses mortos-vivos ao seu lado sabem qual é o problema, nós não os mantemos por uma afeição ou por necrofilia, ninguém tem apego ao defunto, mas pela falta da grana para comprar o próximo "super-sextiun-new-generation-muito-caretion".
Eu tenho uma amiga que também tem o seu mortinho em casa; o interessante é que não lembro da última vez que nós nos despedimos formalmente pelo Messenger - MSN, aquela coisa do tchau, inté, durma bem, beijinho e até; sim porque a gente nunca dá adeus, a gente cai, despenca. A gente está conversando e, de repente, sem qualquer aviso, dá um desconforto qualquer numa das nossas velharias, e a coisa toda desconecta. Puft! Lá se foi... Um dos dois desapareceu no meio da noite no limbo do mundo virtual. Nós já sabemos que não é por mal, e quando nos reencontramos nem comentamos mais sobre isso, isso já é coisa normal.
O meu velhinho aqui já está mudo há uns seis meses, não fala, não canta, mudinho da silva, mas está funcionando para o básico, tipo escrever este post falando mal dele - tomara que ele esteja surdo e cego também, assim ele não saberá que estou falando mal dele!
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