Diria mais, que existe um certo "applause" pela atitude do canalha, dos homens de quem se ouve coisas do tipo "taí o cara que sabe viver, o verdadeiro malandro", das mulheres, que veem na figura a idealização do bom malandro, de um "Vadinho", da criação de Jorge Amado em Dona Flor e Seus Dois Maridos.
O pior disso é que essa imagem não nos faz bem, não nos fortalece como povo, esse aplauso ao espertalhão não constrói. Querem ver um exemplo atual? Se certo é que ajudou a desbaratar esse esquema de corrupção que assolou o governo federal nos últimos tempos, Roberto Jefferson também não se destacou, vamos dizer, pelo melhor dos comportamentos.
Apesar disso virou uma espécie de herói nacional, do bom malandro; cantor liríco!, cantou e encantou muita gente boa nesse país. O homem das respostas prontas e espirituosas, o homem que tirou a roupa do rei. Não duvido - e que ninguém duvide! -, não tivesse sido cassado, estaria reeleito no próximo pleito, e por larga margem!
Por essas e por outras que é difícil o nosso crescimento como povo, como nação, continuar acreditando? Sempre, não é mesmo? Qual a outra alternativa?
No comments:
Post a Comment